
Eles me olham de todos os cantos, em meandros e acusações, sorriem irônicos, choram, esbravejam e pedem desculpas. São sonhos loucos, detalhes displicentes do que fomos nós.
Apreendi seus gostos, vontades e não soube te completar. Me isento da culpa, nem eu me completo, aliás, sou antes completa de defeitos e poucas luzes perduram, minha valência.
Sua gargalhada se torna distante, a saudade por vezes diminui e em outras arde, maltrata. Pego punhados de sal e jogo sobre sobre a cicatriz - você em mim.
Já não há mais a imagem viva de velhos em espreguiçadeiras e netos correndo pelo jardim, não vejo mais as brigas e preocupações, nem as confidências e cuidados. Nos faltou tempero, agora rego sua ausência em minha carência.
Arroz e feijão não me saciam.