sábado, 13 de dezembro de 2008

Quatro pernas sobre a mesa

- Vem, te ensino é fácil!
- Falar é mesmo fácil, você não está na minha situação.
- Qualé! Lá vem você outra vez. Assim não rola mesmo, você tem que decidir.
- Ai meu bem, desculpa vai, é que isso tudo me deixa muito nervosa, tô muito dividida, tenho medo de magoar as pessoas, você sabe como eu sou, nunca escondi nada e nem escondo. E não me pressiona, você também dá seus pulos!
- A culpa é sua...Quer dizer que se ele perguntasse você falaria na hora?
- Lógico.
- hummm. Então você dissimula?
- Também não, se as pessoas não percebem o que está acontecendo não sou eu que vou ficar jogando na cara.
- Não acho isso certo, mas que merda! Eu gosto de você! Vem pega o taco, bate naquela bola branca ali, você tem que acertar as ímpares.
- Já te falei que sou ruim de mira, além do mais, você não acha que vai me conquistar com sinuca neh?
- (aos risos) Não, te conquisto com isso aqui.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Apoiada na ponta dos pés apanhou sementes de uma árvore qualquer.Queria apanhar sonhos, novos. Pegou o ônibus de volta para casa apinhado de gente, teve de ficar em pé equilibrando-se com uma mão só para suportar na outra o peso de seu colheita. Sentiu-se só, mas imensamente completa. Não plantou sementes, contentou em guardar na bolsa, agora carrega 36 sementes marrons e 1 verde, à tiracolo.