segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O olhar entristecido procura algo no horizonte
encontra aturdido uma luz ao longe:
eram chagas fulgurantes, lágrimas pungentes
O amar constante.

Em sua fraqueza errante os olhos já não mais se perderam
sustentaram junto ao peito arfante
as poucas certezas apreendidas

Eram nada mergulhados em preocupações humanas
E tudo nos mistérios misericordiosos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

De súbito inquietei-me com suas palavras,

Anjo de barba farta, língua afiada e um qual o quê de distinto

Mitológico, mito ou fático?!

Alguns sussurram seu nome outros não querem nem ouví-lo

O fato é que cortou meus sentidos, os aprendidos ainda no jardim de infância,

as palavras são horizontes desconhecidos

Investigo agora o seu reflexo, apoiada em horas da madrugada

Que venham rascunhos afinal


As paredes estão intactas, o mesmo espaço inacabado de sempre

Há pedaços de coisas qualquer em algum canto, rosas despetaladas sobre o sofá

E silêncio. Longos, torturantes espasmos de silêncio e ócio.

O relógio velho da saleta deu mais uns passos e eu passo

Passo certeira na vida, precisando de reforma por vezes, mas tenho refúgio e me respaldo

Um dia faço uma limpeza daquelas, mas não mudo muita coisa, gosto das minhas feridas a mostra, da poeira acumulada sobre o livro, para depois ter recordações e vontades, mas principalmente mato minha sede com a luz que vem de dentro, é dependência, centro e fim,


o sagrado em mim.