domingo, 13 de fevereiro de 2011

As paredes estão intactas, o mesmo espaço inacabado de sempre

Há pedaços de coisas qualquer em algum canto, rosas despetaladas sobre o sofá

E silêncio. Longos, torturantes espasmos de silêncio e ócio.

O relógio velho da saleta deu mais uns passos e eu passo

Passo certeira na vida, precisando de reforma por vezes, mas tenho refúgio e me respaldo

Um dia faço uma limpeza daquelas, mas não mudo muita coisa, gosto das minhas feridas a mostra, da poeira acumulada sobre o livro, para depois ter recordações e vontades, mas principalmente mato minha sede com a luz que vem de dentro, é dependência, centro e fim,


o sagrado em mim.



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