As paredes estão intactas, o mesmo espaço inacabado de sempre
Há pedaços de coisas qualquer em algum canto, rosas despetaladas sobre o sofá
E silêncio. Longos, torturantes espasmos de silêncio e ócio.
O relógio velho da saleta deu mais uns passos e eu passo
Passo certeira na vida, precisando de reforma por vezes, mas tenho refúgio e me respaldo
Um dia faço uma limpeza daquelas, mas não mudo muita coisa, gosto das minhas feridas a mostra, da poeira acumulada sobre o livro, para depois ter recordações e vontades, mas principalmente mato minha sede com a luz que vem de dentro, é dependência, centro e fim,
o sagrado em mim.
Nenhum comentário:
Postar um comentário