domingo, 12 de outubro de 2008

Uma manhã, corpo sobre o divã e nada,
nem um músculo se move
Enfático esse medo sordido de morrer por uma mordida.

A vida passa repassa distrata e acaricia
perdida entre as esquinas invisivéis
impercepitível ou perceptível demais
( não saber o pior incomoda)

Faço trocas por uma poesia engajada
Algo não amorfo
irradiante, purgante, excruciante!
Mas sou órfã de mim mesma
Traída pelo egocentrismo
Escorregadia, pegajosa, encebada por todas as manchas do mal do mundo.

Isole-me em uma camisa de forças antes do veneno consumir
O ódio - me pulsa
O amor - me repulsa
O vem e vai contínuo da minha insatisfação
estatelada sobre as almofadas.

Eu não choraria por mim...

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