segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pergunto aos botões arfantes em meu colo a cisma do querer

( Queridos, respondam e voltem contritos ao meu comando, sim?)

Ácido na saliva, féu do desejo em colapso com a razão

( Não podem agir assim, por favor, não é justo, acalmem-se! )

um arrepio morno passeia por lombares, torácicas, cervicais para descansar nos lábios, na mordida do pecado

( Tenho, castigo, corrião, dinheiro e carinhos, colaborem, já não posso mais )

o pensamento paira no gosto doce do beijo,a vontade insensata, torpe,as madeixas claras em meu suor

( Ele não responde, não adianta queridos, para quê tanta ânsia, frivolidade? Não se abram! )

É pulsante, insano e nem por isso menos verdadeiro, intenso

( Isso, não esperem, de certo não serão correspondidos )

No real ou inatingivel - há.

( Desabotoei o primeiro por desatino e os próximos? De certo haverá refrega )

Meu ego faz calar.

Um comentário:

Felipe Lima disse...

Por que conter?