terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Lírios florescem em seu sorriso tímido

Eu sou toda perplexa de seu aroma e trejeitos.

Arrumo o travesseiro para te aconchegar,

zelo seus sonhos e desejos para não te apavorar

E te conduzo ao mar dos afetos:


Deite-se, deixe-se aquietar

Há muitos segredos para dividirmos agora.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O olhar entristecido procura algo no horizonte
encontra aturdido uma luz ao longe:
eram chagas fulgurantes, lágrimas pungentes
O amar constante.

Em sua fraqueza errante os olhos já não mais se perderam
sustentaram junto ao peito arfante
as poucas certezas apreendidas

Eram nada mergulhados em preocupações humanas
E tudo nos mistérios misericordiosos.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

De súbito inquietei-me com suas palavras,

Anjo de barba farta, língua afiada e um qual o quê de distinto

Mitológico, mito ou fático?!

Alguns sussurram seu nome outros não querem nem ouví-lo

O fato é que cortou meus sentidos, os aprendidos ainda no jardim de infância,

as palavras são horizontes desconhecidos

Investigo agora o seu reflexo, apoiada em horas da madrugada

Que venham rascunhos afinal


As paredes estão intactas, o mesmo espaço inacabado de sempre

Há pedaços de coisas qualquer em algum canto, rosas despetaladas sobre o sofá

E silêncio. Longos, torturantes espasmos de silêncio e ócio.

O relógio velho da saleta deu mais uns passos e eu passo

Passo certeira na vida, precisando de reforma por vezes, mas tenho refúgio e me respaldo

Um dia faço uma limpeza daquelas, mas não mudo muita coisa, gosto das minhas feridas a mostra, da poeira acumulada sobre o livro, para depois ter recordações e vontades, mas principalmente mato minha sede com a luz que vem de dentro, é dependência, centro e fim,


o sagrado em mim.



domingo, 2 de agosto de 2009

Apenas um convite.

"Uma festa. Badalar de corpos em frenético frenesi. Pílulas, álcool e o que mais vier. A juventude degrada-se em doses duplas de solidão e peversão.
-Garçom, cadê a vodka e a caipifruta?
-Passou da 1 da matina, dane-se em sua bebedeira.
Brindemos ao ócio e ao direito de ser o que quisermos."

terça-feira, 21 de julho de 2009

Um sopro nas teias de aranha.

A vida brota de certas veias malignas, tudo o que o homem toca, corrói?
Como controlar o susto o medo de nossas próprias faces desfiguradas pela ganância, ódio e o torpe?

Bailamos em ópera grotesca, punk ou jazz, não importa a linguagem, gênero, estilo
A contradança é ministrada pelo zunido das balas e o gemido silencioso dos mortos de fome.

Inocentes ou culpados?
Devassos ou santos?
É a imundice da matéria o germe figurante dos prazeres da carne.

As relações a ditadura da conveniência governa.

Calma, a cortina está fechada e o cobertor quente: encarne as unhas gigantes da preguiça e coma os pedaços causados pela omissão, a ventania não te causará gripe ou moléstia, apenas feche os olhos e sonhe com formas de nuvens e novela das 20h.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Acho que tive o homem certo no momento errado. Será?!