domingo, 28 de setembro de 2008

.:. Visceral .:.

Descansa a vontade
Descompasso incessante
Lapsos a perseguir meu ventre
Brandas chamas- o corpo clemente.

Floresço flor de laranjeira
Displicente e calma
Envelheço em rugas sábias
Assobios intempéries.

Labaredas: agonia.
Vícera ventral
A dor de arder constante
- Me corrompe.

Minh'alma cheira éter
Defunta em cinzas
Carvão e romaria

Já não sou Maria
Tão pouco imaculada.

Um comentário:

Felipe Lima disse...

É a coisa que eu li que mais tem a ver com o meu momento, Kauana. Peço licença para reproduzir alguns trechos lá no barefoot, tudo devidamente credidato, claro. Um abraço e ótima semana.