sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Hoje a vida me deu um banho!

Os ventos indicavam a vida por vir em raios: luzes rompentes no céu.
Para cada segredo latente passos apressados, peito em descompasso e nada por fora havia:
Via a menina ao relento, sentindo em cada nervo o frêmito dos dias, arrepios longos... Arranhões de bom pressagio ou monotonia.
As árvores brincam, desfazem-se de suas penugens: camuflam as pedras do árduo caminho e protegem os pequenos pés do frio.
O corpo exposto é o mais bonito: cabelos voam, frenesi, os lábios pairam o silêncio, as mãos encontram a reta dos ombros para abarcar o mundo, já não há mais o suor, as olheras das noites mal dormidas se esvaem: tudo é rima e poesia.
Nas entrequadras as cigarras cantarolam a última música, os pés são certeiros, a saia gira junto ao quadril, a primeira gota cai na testa! Na testa, sim senhor! Para refrescar pensamentos, lavar as alienadas visões de mundo e tudo renovar.
A vida podia bater mais vezes minha porta,por gotas grossas e pesadas... A roupa grudou e não quis mais soltar: marcas, as marcas das gotas, das dentadas das águas, dos beslicões ( sentidos), minha jornada teve cheiro de terra. Essa não massacrava, apenas deliciava-se, compadecida por toda miséria humana, mas na chuva não há mediocridade: as torneiras do céu se abrem, matam a sede em goles mornos do ácido da capital branca e fria.
Trovão - instantes delimitam o real e o imaginário ( um dia mudo pro último, fazer uma casa lá.)


--> "ohhh chuva, eu peço que caia devagar... E molhe esse povo de alegria, para nunca mais chorar..."

Um comentário:

Unknown disse...

hahaha :D voce muda o blog todo dia!
um beijo cara de janela