domingo, 13 de fevereiro de 2011

De súbito inquietei-me com suas palavras,

Anjo de barba farta, língua afiada e um qual o quê de distinto

Mitológico, mito ou fático?!

Alguns sussurram seu nome outros não querem nem ouví-lo

O fato é que cortou meus sentidos, os aprendidos ainda no jardim de infância,

as palavras são horizontes desconhecidos

Investigo agora o seu reflexo, apoiada em horas da madrugada

Que venham rascunhos afinal


As paredes estão intactas, o mesmo espaço inacabado de sempre

Há pedaços de coisas qualquer em algum canto, rosas despetaladas sobre o sofá

E silêncio. Longos, torturantes espasmos de silêncio e ócio.

O relógio velho da saleta deu mais uns passos e eu passo

Passo certeira na vida, precisando de reforma por vezes, mas tenho refúgio e me respaldo

Um dia faço uma limpeza daquelas, mas não mudo muita coisa, gosto das minhas feridas a mostra, da poeira acumulada sobre o livro, para depois ter recordações e vontades, mas principalmente mato minha sede com a luz que vem de dentro, é dependência, centro e fim,


o sagrado em mim.



domingo, 2 de agosto de 2009

Apenas um convite.

"Uma festa. Badalar de corpos em frenético frenesi. Pílulas, álcool e o que mais vier. A juventude degrada-se em doses duplas de solidão e peversão.
-Garçom, cadê a vodka e a caipifruta?
-Passou da 1 da matina, dane-se em sua bebedeira.
Brindemos ao ócio e ao direito de ser o que quisermos."

terça-feira, 21 de julho de 2009

Um sopro nas teias de aranha.

A vida brota de certas veias malignas, tudo o que o homem toca, corrói?
Como controlar o susto o medo de nossas próprias faces desfiguradas pela ganância, ódio e o torpe?

Bailamos em ópera grotesca, punk ou jazz, não importa a linguagem, gênero, estilo
A contradança é ministrada pelo zunido das balas e o gemido silencioso dos mortos de fome.

Inocentes ou culpados?
Devassos ou santos?
É a imundice da matéria o germe figurante dos prazeres da carne.

As relações a ditadura da conveniência governa.

Calma, a cortina está fechada e o cobertor quente: encarne as unhas gigantes da preguiça e coma os pedaços causados pela omissão, a ventania não te causará gripe ou moléstia, apenas feche os olhos e sonhe com formas de nuvens e novela das 20h.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Acho que tive o homem certo no momento errado. Será?!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Me perdi no meu desespero.
Não sei escrever, pois não tenho saco de reescrever.
Só funciono com pressão.
Ando dormindo pouco, comendo pouco, tendo pesadelos,
Mas não me entristeço.
Dias melhores virão e a única coisa a suicidar será o tempo de sobra.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Romeo:[To Juliet] If I profane with my unworthiest hand
This holy shrine, the gentle sin is this;
My lips, two blushing pilgrims, ready stand
To smooth that rough touch with a tender kiss.
Juliet: Good pilgrim, you do wrong your hand too much,
Which mannerly devotion shows in this;
For saints have hands that pilgrims’ hands do touch,
And palm to palm is holy palmers’ kiss.
Romeo: Have not saints lips, and holy palmers’ too?
Juliet: Ay, pilgrim, lips that they must use in prayer.
Romeo: O! then, dear saint, let lips do what hands do;
They pray, grant thou, lest faith turn to despair.
Juliet: Saints do not move, though grant for prayers’ sake.
Romeo: Then move not, while my prayers’ effect I take (Shakespeare 1998 pp. 833-4. In http://silviadavini.blogspot.com/search/label/O%20Beijo%20de%20Romeu%20e%20Julieta.).