quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Um desabafo.

"Todo aquele que é de fato um artista deseja criar em seu íntimo uma outra vida, mais profunda, mais interessante do que aquela que realmente o cerca." Constantin Stanislaviski


Na minha infância eu fui verdadeira atriz
Era enfermeira da boneca enferma , a mãe caprichosa,
o fantasma dos meus pesadelos.
Fugi a galopes, estive aprisionada em uma torre ou manicômio,
Por anos procurei uma saída.
Mesmo aos 13 ainda sim vivia meu papel infantil:
ganhava presente no dia das crianças.
Ainda tinha cinco anos ao tocá-los.
Hoje o palco consome meus impulsos, quero vidas mil
Sem saber vivê-las:
Sou artificial e falsa.
Quero uma gota permanente do estímulo primeiro
Quero acreditar ser Ófelia afogada no rio da loucura
Ou Aurora em sua paixão sem mensura
Mas quero SER!
Quero tomar cicuta ou pular da Torre de Pisa!
Os sentimentos mais profundos transportar pelas ações.
Serestar a cada se:
Ser uma gama de possibilidades.

"Arte não dá dinheiro!"
Mundo tosco e capitalista,
Quero meus pensamentos na saliva!
Ponho o MAS e digo que dá muito mais!

Um pouco de pimenta pra adocicar meu cheiro:
- No fim quero ser parte
Das luzes
sons e frêmitos
Da alma humana.
Com aplausos ou vaias.

Um comentário:

Felipe Lima disse...

(suspiro)(novo suspiro) Creio que realmente temos bastante coisa em comum. Bjo.